19 de fevereiro de 2010

Sermão - COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS?

(Romanos 12.1-2)


Introdução
A vida depara um monte de alternativas, um monte de opções, um monte de escolhas. Cada pequena coisa que fazemos, cada decisão que adotamos representa uma preferência. Devemos escolher desde coisas tão simples como o que fazer, o que comer, como vestir, a música que vamos ouvir, os amigos que vamos ter, etc.
Na medida em que crescemos as escolhas são de maior importância. Escolher a profissão, escolher onde educar os filhos, escolher onde morar, escolher em que vou investir meu dinheiro, etc. Muitas vezes, então, nos vemos na necessidade de escolher.
Fazer uma escolha implica deixar de lado ou abandonar aquela opção que não foi escolhida. Se decidir trabalhar num lugar, deixo de lado as outras opções que se me apresentaram. Se decidir morar em um lugar, deixo de lado a possibilidade de morar noutro.

Agora, a grande questão para muitos é: estou escolhendo bem? Como saber que não estou errando? Como ter certeza de que minha escolha foi bem feita?

Como todas as coisas na vida, nossas decisões devem estar conforme a vontade de Deus. Se acreditarmos num Deus Todo-Poderoso, num Deus que governa todas as coisas, num Deus que determina e que escreve nossas vidas desde começo até fim, também devemos acreditar que todas as coisas devem ser feitas como Ele quer. Então a grande pergunta é como conhecer a vontade do Senhor?

Contextualização
A epístola aos Romanos, como muitas das cartas do apóstolo Paulo, se divide numa parte doutrinaria e uma parte prática. Desde o capítulo 1 até o capítulo 11 Paulo trata sobre a depravação total do homem (tanto gentios quanto judeus são indesculpáveis perante Deus e estão sujeitos à ira de Deus); ele descreve a justiça de Deus revelada em Cristo; ele insiste em que o homem justificado não pode continuar na prática do pecado; ele escreve que a santificação e a glorificação do crente estão firmadas na justificação pela fé e confirma a promessa de Deus de que os eleitos dentre Israel serão salvos.
A partir do capítulo 12 começa a parte prática da carta e o primeiro que Paulo nos diz é que o crente se deve consagrar a Deus por inteiro. Nesse contexto ele nos dá a passos básicos para conhecer a vontade de Deus.

I.    PARA CONHECER A VONTADE DE DEUS DEVEMOS VIVER UMA VIDA DE CONSAGRAÇÃO AO SENHOR (V.1)
a) O motivo da consagração:
Paulo inicia a parte prática da carta com uma súplica. Ele escreve “Rogo-vos”. Mas ele coloca também o motivo de sua súplica. Ele diz “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus...”. A pergunta que imediatamente surge em nossa cabeça é: Que misericórdias? Quais são essas misericórdias de Deus que são o motivo pelo qual eu me devo consagrar ao Senhor? Sem dúvida Paulo está falando da justificação pela fé, tema central da carta. A justificação é um ato de misericórdia de Deus pelo qual ele nos declara justos, não em base de alguma obra nossa, mas em virtude dos méritos de Jesus Cristo. A justiça de Cristo nos é imputada e Deus declara que todas as reivindicações (exigências) da lei foram satisfeitas, que a lei já não nos condena. A justificação é bela porque por ela temos remissão dos nossos pecados (perdão), somos adotados como filhos de Deus e temos direito a vida eterna. Mas o que tem de grandioso é que nada disso nós merecíamos, é pura graça. Deus teve compaixão da nossa desgraça, nos olhou favoravelmente e nos salvou. Se isso não é motivo suficiente para você se consagrar por inteiro a Deus, quer dizer que você ainda não experimentou a graça salvadora, porque não existe uma coisa tal como um cristão de media cores (aquele que tem um pé no mundo e outro no Reino dos céus). O motivo de nossa consagração, a razão pela qual nos dedicamos a Deus por inteiro é porque ele tem feito uma maravilhosa obra em nós. Por isso Martinho Lutero escreveu que a carta aos Romanos era o coração do Evangelho. Oh, que beleza, que graça mais sublime, bendita justificação, ato soberano da misericórdia de Deus!
     
b) O que da consagração:
Mas Paulo também nos diz o que devemos consagrar ao Senhor. Ele diz “...que apresenteis o vosso corpo...”. Logicamente, Paulo aqui está falando de nosso ser por inteiro, todo o que nós somos. Aqui entra a questão de quanto de mim devo dar para Deus. A resposta é única: Todo. Não algumas horas, não certos dias... todo. Claramente o que Paulo está dizendo é que não pode ficar uma área em nossa vida de não seja dedicada ao Senhor. Por isso, tomamos as palavras de Abraham Kuyper quem expressou: “Não existe esfera da vida humana em que Jesus Cristo não diga: Isto é meu!”. Devemo-nos entregar por inteiro ao Senhor, sem reservas, sem exceções. Todo o que somos devemos colocar aos pés do Senhor.
Existem áreas de sua vida que você ainda não entrega ao Senhor? Existem coisas nas que você ainda diz: “Senhor pode deixar que eu me viro sozinho com isto”? Você precisa se entregar por inteiro ao Senhor, como diz o texto, você precisa se apresentar, isto é, pôr na presença de Deus todo seu ser.
c) A forma da consagração:
Paulo também nos diz como devemo-nos consagrar ao Senhor, a saber, “...como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional”. Devemo-nos consagrar a Deus porque ele tem sido misericordioso para conosco, devemos consagrar todo nosso ser e a forma de fazer isso é como um sacrifício, como uma oferta solene. Sabemos que uma oferta é algo que se entrega, que se dá. Você não espera nada em troca, simplesmente a deixa ali. Dessa mesma forma devemo-nos consagrar a Deus, depositando-nos em suas mãos, entregando-nos a Ele. Mas esta oferta, este sacrifício deve cumprir certos requisitos, certas condições. O sacrifício deve ser vivo, isto é, deve proceder de nossa nova vida em Cristo. Antes estávamos mortos em delitos e pecados, hoje temos vida, uma nova vida que é dádiva de Deus. E nessa nova vida, que marca um tipo diferente de existência, devemo-nos consagrar a Deus. O sacrifício deve ser santo, é dizer, produzido pela influência do Espírito Santo na minha vida. Ele me controla, ele me enche, ele me domina. O sacrifício também deve ser agradável, isto é, aceito por Deus pelo fato de ser apresentado de forma sincera e absoluta. Paulo acrescenta também: “que é vosso culto racional”. Aqui vemos com claridade que Paulo está pensando na ação de cultuar, de se consagrar de coração, mente, vontade, palavra e fatos. Tudo o que somos o que é uma pessoa, nada menos que isso!       

II.    PARA CONHECER A VONTADE DE DEUS NÃO DEVEMOS CONFORMAR-NOS COM OS PADRÕES DESTE MUNDO PECAMINOSO (V.2a)
Paulo coloca aqui uma proibição: não conformar-se ao mundo. Logicamente mundo deve ser entendido como a humanidade decaída, que se encontra em aberta oposição a Deus. Os padrões do mundo não devem ser os padrões do crente. Agora, por quê? O próprio texto nos dá a resposta. Se você se conformar ao mundo, sua forma de pensar, suas atitudes, seus desejos, o que você gosta, os seus sonhos, o que você espera da vida, etc., todo será conforme ao que a humanidade sem Deus espera, gosta, deseja e pensa. Daí a conclusão é obvia, você pensará como o mundo e fará a vontade do mundo. Não saberá o que Deus quer para você porque achará que o que seu coração (que está dominado pela vontade do mundo) é quem tem a razão. Acredito que este é o principal problema pelo qual os crentes hoje não conhecem a vontade de Deus para as vidas deles. Muitos estão tão enchidos com as coisas do mundo que fazem a vontade do mundo. Sonham com saber a vontade de Deus para as vidas deles, mas se conformam com o mundo. Pode ser que o discurso deles seja: “eu sei que devo viver conforme Deus quer...”, mas na prática não fazem nada para que isso seja uma realidade. E depois se perguntam: O que Deus quer de mim? Como os cristãos podem e devem relacionar-se com o mundo? Quais devem ser os nossos limites e a nossa influência na cultura em que vivemos?

O doutor Mauro Meister diz ao respeito: “É fundamental que, antes de mais nada, o cristão conheça a sua cidadania: “Eles continuam no mundo... Eles não são do mundo...” (João 17:11,16). Nós somos cidadãos dos céus, mas as nossas passagens para lá ainda não chegaram, e enquanto estamos aqui temos muito o que fazer, sem no entanto esquecermos que somos de lá. O problema é que além de sermos muitos parecidos com o pessoal do lado de cá, muitas vezes nos deixamos influenciar com os erros do mundo, desobedecendo o mandato cultural”. Ele continua: “O grande problema que temos ao enfrentar a chamada “cultura popular” é que na verdade somos moldados por ela, não só naquilo que pensamos e sentimos, mas na forma como pensamos e sentimos”. Ele conclui seu artigo escrevendo: “A cultura da gratificação instantânea invadiu a igreja! Esta foi a última arma do inimigo para destruir os filhos de Deus, e tem funcionado bem. Já há algum tempo temos as igrejas instantâneas, os crentes instantâneos, as curas instantâneas, líderes instantâneos, tudo instantâneo. Nada pode esperar, e tudo tem que ser como eu quero. As conseqüências são óbvias: não só a igreja tem que ser como eu a quero, com todo o tipo de gratificação instantânea que a cultura popular oferece, mas o Deus desta igreja tem que ser também moldado à imagem e semelhança da minha cultura. Não é de se admirar que o nosso povo ande tão confuso”.


Paulo nos conclama a não conformar-nos, isto é, a não nos amoldar com os padrões do mundo. Só agindo dessa forma poderemos conhecer a vontade de Deus.


Por quem você é mais influenciado, pelo mundo ou por Deus? O que você pensa e sente está baseado na Palavra do Senhor ou no que o mundo acha? Olhe para si mesmo e veja se o mundo tem tomado posse de você e se você está estruturando suas concepções da vida conforme o mundo. Se isso é assim você vai direito para o caminho da confusão e nunca conhecerá a vontade de Deus para sua vida.

III.    PARA CONHECER A VONTADE DE DEUS DEVEMOS TER UMA MENTE RENOVADA (V.2b)
a)    Transformando nossa forma de pensar:
Paulo conclama os crentes a transformar a forma como eles pensam. Aqui podemos dizer que Paulo quer que nossas idéias sejam mudadas, que nossos planos sejam mudados, que nossa forma de raciocinar seja transformado. Agora conforme a que? Logicamente esta exortação de Paulo se conecta com o verso primeiro. Se nos consagramos por inteiro ao Senhor, se todo meu ser e tudo quanto eu sou é deixado nos pés de Deus reconhecendo que sou dele, vou deixar que ele seja todo em mim. Portanto, a mente de Deus será minha mente, o sentir de Deus será meu sentir, o desejo de Deus será meu desejo, a alegria de Deus será minha alegria.


Devemos notar bem o contraste que Paulo coloca: “Não se conformem ao mundo, mas sejam transformados”. Paulo não diz: “olha substituam uma coisa pela outra”, já que isso não traria solução nenhuma, pois o problema com os que se deixam moldar segundo o padrão desta presente era má se acha bem arraigado. Precisa-se, então, de uma transformação, de uma mudança interior, de uma renovação de mente, ou seja, do coração. No capítulo 1.28: “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes”. E no capítulo 7.22-25: “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”.

É importante saber que Paulo faz esta exortação como algo que deve ser feito sempre: “prossigam se transformando”. Além disso, é um mandato, já que está no imperativo. É nossa responsabilidade, já que se bem é certo que é o Espírito Santo que trabalha em nós, nós não somos completamente passivos, nossa responsabilidade não é cancelada. Devemos permitir e cooperar ao máximo para que o Espírito Santo realize sua obra em nosso coração e em nossa vida.
Você está deixando o Espírito Santo agir ou só está atrapalhando? Está cooperando para que a obra da santificação seja feita em você? Você persevera constantemente nesta transformação?

b)    Essa transformação nos leva a experimentar a vontade de Deus:
Finalmente, Paulo nos diz que esta transformação tem um alvo, um propósito, uma finalidade, a saber, nos leva a conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Eis uma afirmação importantíssima. Ele nos diz que para discernir, para saber, para conhecer a vontade de Deus, não depende do que nossa consciência o do que nossos corações dizem, mas que precisamos receber a instrução do Espírito Santo por meio das Escrituras a fim de conhecê-la. Aqui a palavra experimentar é importante. Não se trata de sentir, não se trata de provar. A idéia é verificar. Você se consagra a Deus, não se conforma ao mundo, sua mente e coração é transformado e, finalmente, o Espírito Santo confirma, verifica, atesta, por meio das Escrituras que você está na vontade de Deus.

Mas existe algo a mais. Essa vontade tem certas características. Ela boa (que é como deve ser ou como convém que seja, não há erros), agradável (agrada, produz prazer) e perfeita (completa, sem deito, uma obra magistral, uma obra de arte).

Aplicações:
A grande pergunta que para muitas pessoas é quase um castigo: Como posso conhecer a vontade de Deus? Tem uma simples resposta.
1.    Consagre-se a Deus por completo, se entregue a Ele.
2.    Não se conforme com os padrões e forma de pensar do mundo.
3.    Transforme sua mente por meio das Escrituras.
Só assim, você descobrirá, experimentará e se deleitará na boa, agradável e perfeita vontade de Deus para sua vida!


Autor: Sem. Juan Pablo

18 de fevereiro de 2010

Foi abortada e viveu para contar

Gianna Jessen não pode ficar calada e desistir não é uma opção para ela. Ela tem o "dom" da paralisia cerebral (palavras dela). Ela pesava menos de um quilo quando nasceu e os médicos disseram que ela nunca poderia sustentar a cabeça, engatinhar e muito menos andar. Ela começou a andar com três anos, com a ajuda de muletas e um andador... e hoje corre maratonas! Ela manca ligeiramente ao andar, às vezes cai, mas já completou duas maratonas e pretende correr outras em várias lugares. Nada mal para quem jamais andaria!

Gianna foi entregue a uma orfanato, uma casa de caridade de uma mulher chamada Penny no começo de sua vida. Penny foi mãe de mais de 56 crianças em sua vida. Mais tarde a filha de Penny adotou Gianna. Segundo ela, Penny salvou a sua vida.

Gianna é cristã. Reconhece que sua vida lhe foi dada pela graça de Deus. Pois se ela não podia andar, o mais milagroso ainda é que ela não poderia estar viva. Sua mãe biológica tinha 17 anos quando fez um aborto salino no terceiro trimestre. Após ser queimada viva por aproximadamente 18 horas no útero por uma solução salina, Gianna saiu viva de uma clínica de aborto do condado de Los Angeles. Seu registro médico atesta "nascida durante uma aborto salino"... esta é a causa de sua paralisia cerebral.

Nos videos abaixo, que tomei conhecimento através do blog do pastor Ciro Zibordi, ela na Autrália, durante o debate sobre a legalização do aborto no Estado de Victoria. Se você não acredita na providência divina na vida de seus filhos, mudará de idéia ao ouvir o testemunho dela.

Assista a primeira parte:



Assista a segunda parte:



http://www.giannajessen.com/

Extraído do Blog: http://cincosolas.blogspot.com