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Recentemente li um livro que fala sobre a urgente necessidade de levar uma vida piedosa. O tema é tratado de forma magistral pelo autor, colocando um monte de citações de grandes homens de Deus que, no passado, se caracterizaram por sua piedade. Mas, o que deve produzir em mim um livro como esse? Certamente auto-reflexão. Estou vivendo uma vida santa?
O teólogo reformado Louis Berkhof define a santificação como: “A graciosa e contínua operação do Espírito Santo pela qual ele liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o capacita a praticar boas obras”. (1)
Como se pode notar dessa definição, a Santidade é uma obra do Senhor. Depende de Sua graça. É Ele quem realiza essa operação maravilhosa em nossas vidas! Que conforto, que consolo, que tranqüilidade isso pode dar! Mas, não podemos esquecer a segunda parte da definição, a saber, essa graça do Senhor nos capacita a praticar boas obras, ali é onde entra nossa responsabilidade.
Nossa santificação começa e termina com a Graça. Mas também é colocada sobre nós a responsabilidade de buscar a santidade sem a qual nenhum homem verá a Deus. O apóstolo Paulo estava ciente disso quando escreveu aos Tessalonicenses: “Abstende-vos de toda forma de mal (responsabilidade humana). O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo (Graça do Senhor); e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Ts. 5.22-23).
Agora, como se manifesta esta santidade no meu diário viver? Grande pergunta. Deixemos que Horatius Bonar, já falecido ministro da Igreja da Escócia, descreva isso para nós. Ele diz: “a santidade... se estende a cada parte de nossa vida, influencia tudo o que somos, ou fazemos, ou pensamos, ou falamos, ou planejamos, pequeno ou grande, externo ou interno, negativo ou positivo, nosso amor, nosso ódio, nossa tristeza, nossa alegria, nossas reações, nossos negócios, nossas amizades, nossos relacionamentos pessoais, nosso silêncio, nossa fala, nossa leitura, nossa escrita, nosso sair e nosso entrar – todo o nosso ser em cada movimento de espírito, alma e corpo”(2).
Realmente a santidade dá trabalho. Implica disciplina e negação dos nossos desejos pecaminosos. Mas principalmente implica comunhão íntima com o Senhor.
Você deseja ter uma vida santa? Passe tempo com o Senhor em oração, na leitura da Palavra, na meditação das coisas do Reino. E uma vez que você desça da presença santificadora do Senhor, sua vida refletirá esse caráter Santo do Todo-Poderoso.
